Treinamento técnico orienta veterinários e técnicos de campo sobre cadastro e vigilância de doenças de notificação obrigatória.
A Secretaria de Agricultura do Distrito Federal (Seagri-DF), por meio da Diretoria de Sanidade Agropecuária e Fiscalização, realizou na última sexta-feira (11) um treinamento técnico para médicos veterinários e técnicos de campo. O objetivo foi capacitar os profissionais sobre os procedimentos de cadastro e vigilância de doenças de notificação obrigatória que afetam caprinos e ovinos, reforçando a prevenção e o controle sanitário no DF.
O evento, realizado no Auditório Seu Guima, focou na aplicação dos Procedimentos Operacionais Padronizados (POP nº 01/2025), elaborados pela Coordenação de Sanidade de Caprinos e Ovinos da Seagri. O material é parte da implementação da Portaria nº 326, de 1º de novembro de 2024, que estabelece diretrizes para o cadastro de pequenos ruminantes no Distrito Federal.
A subsecretária de Defesa Agropecuária, Danielle Cristina, destacou a importância da iniciativa: “Ao priorizar a prevenção de doenças e a melhoria das práticas sanitárias, buscamos não apenas proteger a saúde pública, mas também promover o crescimento sustentável do setor agropecuário, garantindo a qualidade e a competitividade dos produtos. Dessa forma, estamos criando um ambiente mais seguro e favorável ao desenvolvimento das nossas atividades.”
Durante o treinamento, foram abordadas estratégias do Programa Distrital de Sanidade de Caprinos e Ovinos, com destaque para a vigilância ativa em propriedades rurais, a investigação de suspeitas de doenças, o monitoramento em eventos pecuários e a realização de inquéritos epidemiológicos.
Entre as doenças abordadas na capacitação, destacam-se a Língua Azul e o Scrapie — enfermidades de alto impacto sanitário e econômico. A Língua Azul, causada por um vírus transmitido por insetos, provoca lesões na boca, perda de produtividade e pode levar à morte dos animais. Já o Scrapie é uma doença neurodegenerativa causada por príons e transmitida por secreções, com evolução lenta e irreversível.
Além dessas, os profissionais também foram orientados quanto ao diagnóstico e controle de enfermidades endêmicas, como a linfadenite caseosa, o ectima contagioso, a artrite-encefalite caprina (CAE) e a epididimite (brucelose ovina). O treinamento visa não apenas à detecção precoce, mas também à atuação educativa junto aos criadores, incentivando a notificação à Defesa Agropecuária de casos suspeitos de doenças de notificação obrigatória, promovendo medidas preventivas e de manejo adequado.
